sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Classicismo


A principal tendência do Renascimento é o classicismo, que começou na Itália, e possuia alguns artistas importantes como Botticelli e Leonardo da Vinci.
O classicismo é um movimento cultural que valoriza  e resgata elementos artísticos da cultura clássica (greco-romana). Nas artes plásticas, teatro e literatura, o classicismo ocorreu no Renascimento. Já na música foi no período do Neoclassicismo.
O classismo possui algumas caracteristicas principais como: imitação de autores gregos e latinos, tenta equilibrar entre a razão e a emoção, imaginação, obedece regras formuladas a partir de modelos classicos da Antiguidade, por exemplo, no teatro foi criado três unidades, a ação, o tempo e o lugar, universaliza os valores ideiais do Bem e da Verdade; busca rigor e perfeição formal, se separam dos gêneros literários, há impessoalidade e na poesia, a metrificação dos versos é rigorosa e há submissão da escolha da métrica, do assunto e do gênero literário.
Nesse mesmo período em que se descobria o Renascimento, Portugal entrou em contato com este estilo atravéz das influencias de ricos mercadores italianos e flamengos que investiam no comércio marítimo.
Este comércio marítimo desempenhou um papel importante na evolução do Renascimento em Portugal pois intensificou o contato com importantes centros renascentistas - a Itália e a Flandres - ,fez aumentar a burguesia comercial ao lado de mercadores estrangeiros, também divulgou na Europa produtos, territórios e povos da África, do Oriente e do Brasil que completavam o saber clássico.
Quando o renascimento já estava indo para  a ultima fase para entrar para o Barroco, Francisco de Sá de Miranda chega a Itália, e inicia a divulgação do Classicismo, também conhecido pela expressão Dolce stil nuovo (Doce estilo novo). Apartir dai Sá de Miranda introduziram em Portugal as inovações literárias criadas pelos italianos renascentistas.
Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolveu-se outro movimento artístico afastado do modelo da antiguidade clássica: O Maneirismo.
Umas das características que marcou foi o exagero e o capricho nos detalhes.
Alguns historiadores consideram que o maneirismo foi uma transição entre renascimento e barroco, enquanto outros preferem ve-lo como um estilo. Mas o certo é que o maneirismo é uma consequência de um renascimento clássico que entra em decadência. Os artistas se veem obrigados a partir em busca de elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adiquiridas durante o renascimento.
O maneirismo ora exprime uma visão pessimista do mundo e quebram a harmonia da arte clássica, ora pratica uma arte mais refinada.
O classicismo convivia com os estilos do Cancioneiro Geral e com o Barroco, por este motivo, houve a quebra do equilibrio entre a razão e a emoção fazendo com que houvesse visões negativas do ser humano e conflitos interiores, causados pelo uso excessivo de figuras de linguagem, como por exemplo, comparações, antíteses, hipérboles, etc.
Portanto, podemos observar que o classicismo retoma os valores da antiguidade greco-romana e que o maneirismo seria um período de transição do Renascimento para o Barroco.
 - Amanda Lamim, Eduarda, Françoise.
Criação de Adão - Obra do classicismo.

Homem Vitruviano - Leonardo da Vinci

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Literatura


A literatura unida com a Imaginação

                Por que não dizer que a literatura é uma arte assim como a dança e a música? Com ela a gente entra no mundo da imaginação e vivenciamos, através da leitura, novas histórias e adquirimos novos conhecimentos. Ela nos traz questionamentos que pra quem está lendo são interpretados de uma forma, mas para outros podem ser entendido de outra maneira.
                Além disso, na literatura temos a leitura superficial, que é a compreensão dos elementos mais concretos no texto e a leitura em profundidade, que requer a interpretação dos elementos de significado literal.
                Outro tópico que está presente na literatura é a conotação e denotação. A conotação é quando há alteração de sentido que uma palavra possui; já a denotação é uma significação mais objetiva.
                Tem também a plurissignificação onde temos mais de um significado e a monossignificação que é um só significado.
                A questão de duplo sentido onde chamamos de ambiguidade, também está presente na literatura.
                Essa e outras informações que estão dentro da literatura são essenciais para nosso aprendizado e nos ajuda a querer explorar mais esse mundo cheio de curiosidades que tem tanto para nos mostrar.

- Amanda Mazzuchetti Lamim.

Literatura
Literatura pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de compor ou estudar escritos artísticos. A palavra literatura vem do latim “litteris’’ que significa letras. Em latim, literatura significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de escrever bem e se relacionar com as artes da gramatica, da retórica e da poética. Por extensão, se refere especificamente à arte ou ofício de escrever de forma artística. O termo literatura também é usado como referência a um corpo ou um conjunto escolhido de texto como, por exemplo, a literatura médica.
O texto literário é aquele que trata principalmente de obras literárias como poesias, contos, romances...E os não literários são basicamente os científicos que tratam mais de conceitos como por exemplo: Matemática, Sociologia...
 - Eduarda

A Literatura


    Assim como a música, a pintura e a dança, a literatura é considerada uma arte. Através dela, temos contato com um conjunto de experiências vividas pelos homens sem que seja preciso vivê-las.

    Ela também possui alguns pontos importantes, como: o conteúdo do texto literário, os pensamentos dessa linguagem, do que se trata o texto literário, o que é conotação, informações do texto literário, suas interpretações, o que é leitura superficial, e em profundidade, o que é texto científico e denotação.

    O conteúdo do texto literário nasce da linguagem e se refere a uma realidade fictícia.

    O pensamento que nasce dessa linguagem pode ser lógico ou analógico, ou seja, possui contrastes e semelhanças em relação à realidade.

    Esse tipo de texto busca a sugestão, a ambiguidade, os efeitos expressivos, provocando as conotações e tendo à plurissignificação.

    Conotação significa ampliação ou alteração de sentido de uma palavra em seu contexto.

    O texto literário só se realiza no ato da leitura, porém nenhuma leitura desse texto é completa, pois sempre haverá novas possibilidades de sentido.

    Ele também permite diferentes interpretações, porém nem sempre são válidos. Há leituras boas e más, corretas e incorretas, profundas e superficiais.
    As superficiais se limitam a compreender os elementos mais imediatos e concretos do texto.
    Já os profundos são textos que requerem a interpretação dos elementos de significação literal.
    Existe também o texto científico que se trata de um texto que busca a precisão do significado, a denotação, tendo monossignificado.
    Denotação tem o significado objetivo, relação direta e convencional que a palavra possui com o sentido literal.
    Resumindo podemos dizer que a literatura é uma parte do ser humano, pois ela é como a música, a pintura e a dança, ela é uma arte.

- Françoise




Letras

Para desenvolver sentido a escrita, o texto literário busca além do significado básico das palavras.
O texto literário busca uma dimensão estética, plurissignificativa e que possibilite ao leitos uma visão diferente e que possibilite ao leitos uma visão diferente do mundo. Já no texto não-literário, o leitor se limita apenas a realidade.
No texto não literário é empregado o sentido comum das palavras, ao contrário do literário que procura outros meio de se expressar.
-Amanda Rodrigues

O literário e o não-literário

      Existem diversos gêneros textuais com características - estrutura, temática, linguística, finalidade, suporte - particulares: gêneros jornalísticos, digitais, acadêmicos, literários...
      Os textos literários são repletos de palavras plurissignificativas, ou seja, o que está escrito não deve ser entendido no sentido literal da coisa, é preciso interpretar. Há também uma preocupação estética com o texto e o autor do mesmo tem bastante liberdade para se expressar de acordo com seu objetivo. Dentro do gênero literário, existem outros subgêneros: épico ou narrativo (romance, novela, conto, crônica, epopeia); dramático (roteiro de teatro, auto); lírico (poema, soneto, haicai, limerique).
      Em textos não-literários, as palavras utilizadas são monossignificativas e a linguagem é mais clara e literal, sem abrir oportunidade para interpretações diferentes. Não há um ritmo poético nesse tipo de texto como ocorre nos literários. Exemplos do gênero não-literário são textos jornalísticos como resportagens, editoriais, notícias, entrevistas etc e textos acadêmicos, como resumos, dissertações argumentativas, monografias, entre outros.
 - Marina

Leitura do Carro de Feno


A riqueza acima de tudo.

                Hieronymus Bosch criou uma bela obra chamada “O carro de feno”, onde mistura as cenas, os personagens e as situações da vida europeia, trazendo elementos semelhantes das obras de Gil Vicente.
                Nessa obra podemos ver uma multidão, assaltando este carro de feno, no intuito de roubar o feno. Assim como diz na obra de Gil Vicente, todos querem o dinheiro e não uma consciência limpa. Outro fator que diz respeito a essa frase do fundador do teatro português são as freiras no canto inferior direito, aparentemente roubando algo, dando a entender que aquela vestimenta era apenas um disfarce para conseguir o que queria. Vimos também a presença da nobreza e do clero, talvez para mostrar a multidão, onde eles poderiam chegar e o que eles poderiam conquistar.
                Na imagem também há um menino de uns quatro anos, ao lado de um homem, que parece estar lhe explicando o porquê de tudo aquilo, para já lhe ensinar o que ele tem que ter como seu ideal, que é o dinheiro.
                Percebemos também o carro de feno sendo puxado por monstros, em direção ao inferno e as pessoas sendo atropeladas por este.  
                Nessa obra podemos ver bem a questão do humanismo que é a passagem do teocentrismo para o antropocentrismo, ou seja, onde os princípios religiosos e os costumes de uma vida digna estavam sendo deixado para traz, e no lugar dele estava entrando a ganância, a luxuria, onde o dinheiro era mais importante que a sua consciência e o seu caráter, além de não se importarem com as camadas pobres.
                Há ainda muitos outros aspectos na obra, mas todos levam a uma mesma compreensão, que Todo Mundo procura a riqueza e Ninguém busca a virtude.
 - Amanda Lamim


A verdade sobre tudo!
                Hieronymus era um pintor flamengo, que fez a obra “O carro de feno”, em que há homens, mulheres, velhos, crianças, mercadores, monges, freiras, uma falsa religiosidade, na parte direita do quadro foi representado o inferno, há um casal de amantes, um carro de feno, bem no meio do quadro, simbolizando os bens materiais, figuras monstruosas estão puxando-o e a figura de Cristo, representando a vida espiritual.
                Essa obra foi feita no período do Humanismo que seria a época de transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Por isso essa obra tem muitos elementos religiosos e humanísticos e também é bem ligada ao teatro vicentino, pois ambos criticam os costumes da época com muita eficiência, porém de modo simples, reúnem crenças religiosas, não há complexidade na interpretação, é satírica e cômica, representa fatos e personagens concretos e ideias abstratas.
                Para concluir a obra “ O carro de feno” seria uma representação da realidade daquela época, pois mostra as classes sociais, pobres e ricos, a disputa por riquezas, bens materiais, um casal de amantes, etc., ou seja, representa o “digest” da época, assim como Gil Vicente também tentava representar, só que por meio de peças teatrais.
 - Françoise

Associações
A obra “O carro de feno” de Hieronymus Bosch retrata a busca por dinheiro, poder e luxuria. Retrata também o Humanismo, que nada mais é que a transição do teocentrismo para o antropocentrismo.
                O carro de feno na obra é guiado e puxado por seres monstruosos, que indicam o mundo capitalista – como se os seres fossem encarregados de leva-los até este mundo. O carro representa a riqueza e o povo aos seus pés representa a ganância, sede de poder.
                O Humanismo é transição de um religioso para o burguês racional.
                O teatro vicentino carrega em suas características a versificação mais comum de sua época, o redondilho maior que é composto por sete silabas; a rima para causar efeitos de humor; a figuração do abstrato em algo concreto; o teatro de tipos que pode ser uma característica ou uma união de todas as características mais marcantes; o teatro de quadros que é uma sucessão de cenas independentes, o enredo simples e esquemático; o teatro cômico: comédias de costumes e a classificação que é constituída pelos monólogos; autos; fantasias alegóricas; teatro novelesco e as farsas.
                A associação mais clara que pode se fazer entre a obra e o teatro vicentino é a sátira, que na obra de Hieronymus se mostra através das colocações das pessoas e dos elementos que formam a obra a fim de demonstrar a ganância e a necessidade de obter dinheiro e poder.
 - Amanda Rodrigues


Bem X Mal
                O quadro “ O carro de feno” de Hieronymus Bosch faz uma crítica as pessoas que buscam a luxuria e que não ligam para quem está abaixo de si. Mostra também as pessoas que se fazem de religiosas para ganhar algo, pessoas que se fazem de religiosas para ganhar algo, pessoas normais que estão “felizes” com o que tem e pessoas que fazem de tudo para estar no topo. Essa obra do período humanista é como muitas das obras de Gil Vicente.
                Gil Vicente é considerado o fundador do teatro português. Antes dele a dramaturgia medieval era feita apenas com mímicas. E com ele além de ter diálogos entre os personagens. Vicente fazia por meio de suas obras críticas informais sobre a sociedade da época dele (se pensarmos bem podemos notar certas semelhanças com os dias de hoje) por meio do humor e isso nos leva até as características do teatro vicentino.
                Vicente utiliza a versificação (texto formado por versos, utilizando a métrica mais comum da época que é o redondilho maior); rimas (utilizada muitas vezes para provocar humor); teatro alegórico (figuração de ideias abstratas em personagens, situações e coisas concretas), teatro de tipos (caracteriza-se pelos personagens que reúnem as características marcantes de sua sociedade); teatro de quadros (As peças de Vicente desenvolvem-se por uma sucessão de cenas); teatro cômico e satírico (As peças de Vicente geral são humorísticas, pois é uma forma de criticar a sociedade sem ser grosso); Classificação (Vicente cultivou praticamente todos os subgêneros do teatro medieval); Monólogos (são as mais simples; autos(gênero tradicional da idade media); fantasias alegóricas (peças com predomínio da cenografia); teatro novelesco (encenam temas das novelas de cavalaria) e farsas (pequenas peças burlescas cuja ação se organiza em um enredo simples.
                Uma das obras de Gil Vicente que pode descrever o seu estilo de arte é: “Todo mundo e Ninguém”.
                Nessa obra ele usa como nome próprio o Todo Mundo, para caracterizar as pessoas que passam todo o tempo atrás de dinheiro e Ninguém é aquela pessoa que tem consciência. Vicente usa o Belzebu que “traduz” o sentido que Vicente que dar a peça.
                Em fim acho muito interessante as obras daquela época, pois tanto como o teatro e aos quadros eles faziam a relação das pessoas pobres e as pessoas ricas e ainda faziam críticas, mais tudo indiretamente e com humor.
 - Eduarda

Hieronymus Bosch e Gil Vicente

      Bosch foi um pintor flamengo que viveu durante o período de transição entre a Era Medieval e o Humanismo, onde valores tradicionais e modernos se chocavam e é isso que sua obra, "O carro de feno", reflete: no centro, um casal, junto com um anjo e com um demônio, em cima do carro de feno, puxado por criaturas animalescas em direção ao painel da direita, representando o inferno e, distante, a figura de Cristo representando a salvação. A multidão ao redor do carro tenta alcançar o topo ou pegar um pouco do feno e algumas pessoas são atropeladas a medida que o mesmo avança. Nobres, em seus cavalos, seguem tranquilamente o carro de feno e pessoas brigam no chão sobre o qual o carro passa.
      A obra representa o consumismo e para onde ele nos leva. O carro de feno é o símbolo do dinheiro e luxúria, que atropela todo o resto e é seguido por uma pequena e nobre parcela da população. O quadro possui tanto uma visão teocêntrica quanto mais racional do mundo devido ao fato de ter sido feita na época de transição entre as duas.
      Um dos poetas da Era Medieval que devem ser destacados é Gil Vicente, considerado o fundador do teatro português. Seu teatro era popular e simples, mas eficiente; uma mistura de crença religiosa e moral. Vicente criticava os costumes e retratava a sociedade contemporânea de uma forma cômica e dramática. Uma característica do teatro vicentino que deve ser lembrada é o teatro alegórico, onde coisas concretas são utilizadas para retratar algo abstrato.
      Bosch e Vicente tem muito em comum, começando pela crítica aos costumes e pelo teatro alegórico: na obra "O carro de feno", Hieronymus Bosch usa de vários objetos concretos para representar o abstrato, como o próprio carro de feno representando riqueza e o painel do lado direito da obra, representando o inferno. Um exemplo claro do teatro alegórico de Gil Vicente são as barcas do "Auto da barca do inferno", sendo uma delas conduzida por um anjo e a outra, pelo diabo, que representam respectivamente o céu e o inferno, assim como as roupas e objetos usados pelo fidalgo, personagem da obra, para representar sua riqueza.
      A retratação da sociedade contemporânea pode ser percebida no quadro de Bosch através dos valores passados pelos objetos e pessoas presentes na obra: o casal, no topo do carro de feno; o anjo e o demônio, lado a lado com o casal; as criaturas monstruosas conduzindo o carro; a população, desesperada por um pouquinho de feno e muitos outros. Na obra de Vicente já citada anteriormente, essa retratação é notada pela forma com que o anjo não aceita o fidalgo em sua barca pois para ele e toda a sua glória, ali não há espaço o suficiente.
      Tanto Vicente quanto Bosch influenciaram e foram importantes para o teatro, a poesia e a arte de forma geral até chegar nos dias atuais.
 - Marina


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Trovadorismo

Evolução

    Com a falta de conhecimento e a mudança na língua portuguesa desde a época do trovadorismo até hoje,não notamos, muito menos, sabemos que as letras das músicas que ouvimos descende de uma cultura chamada trovadorismo.
    O trovadorismo trata-se de explicar/transparecer/demonstrar os sentimentos do eu lírico através de uma cantiga, atualmente conhecida como música. 
    Existem dois tipo de cantigas: as de amigo e as de amor. Um exemplo apresentado na turma de cantiga de amigo é a música ''Madrid" da dupla sertaneja Fernando e Sorocaba que expressa a saudade do eu lírico pela sua amada que o deixou; E uma para representar cantiga de amor, é a "Dona" do Roupa Nova, que expressa o amor do eu lírico sob a moça e o poder que ela exerce sobre ele.
- Amanda Rodrigues


Da Criação a Semelhança
    O trovadorismo começou no século XII e acabou no século XIV, fim da dinastia de Borgonha e a língua utilizada era o galego-português.
    Dentro do trovadorismo há quatro tipos de cantigas, a cantiga de amigo, de amor, de escárnio e de maldizer, e que possuem suas próprias características, como: nas cantigas de amigo o eu lírico é sempre uma mulher que confessa ou comenta a ausência do seu amor, há realismo e simplicidade temática, refletem a sensibilidade, os problemas e o estilo simples da vida, tem origem popular, são estruturas simples e geralmente há rimas.
    Já as cantigas de amor o eu lírico é masculino, que expressa sofrimento amoroso e segue rígidas convenções. Nessas convenções a mulher é idealizada, possui beleza, a linguagem é mais ligada a vida, à sociedade medieval, as vezes há a coita, sofrimento, desgosto amoroso e é uma adaptação do gênero provençal.
    Nas cantigas de escárnio há ironia, critica indireta, linguagem sofisticada e não há identificação clara do interlocutor.
    E nas cantigas de maldizer há postura clara de deboche, zombaria, a linguagem é menos formal e identifica-se o interlocutor e o ofende.
    A música popular brasileira, pode-se dizer que é uma dessas cantigas atualizadas, pois elas não são exatamente cantigas, mas possuem algumas semelhanças, como a música Madrid ou as canções sertanejas em geral, que se assemelham as cantigas de amor, em que há a coita, sofrimento amoroso, por uma mulher que é idealizada, muito bela, e que na maioria das vezes é inatingível.
    Para concluir, a música popular brasileira pode ter várias semelhanças com as cantigas, que fizeram trovadorismo, que é um conjunto de manifestações literárias contemporâneas.
-Françoise

Cantiga de amigo X Cantiga de amor 
    Na cantiga de amigo a voz é feminina, a linguagem é mais ‘’simples’’ e não demonstra o amor romântico, demonstra apenas o amor de amigo.A cantiga de amigo demonstra mais o sentimento de saudade ou perdas de alguém que gostamos...Enquanto na cantiga de amor a voz é masculina e demonstra o amor romântico. A linguagem é mais formal e mostra umas certa adoração a pessoa amada, criando uma idealização da mulher perfeita e da um sentido de “nobreza” para a amada.
-Eduarda Heil

Trovadorismo
                O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa e surgiu na idade media, justamente na época em que Portugal estava em processo de formação nacional.
                O conjunto dessas manifestações reúne os poemas feitos pelos trovadores -  que eram aqueles que criavam poesias – para serem cantadas em feiras, festas e castelos.
                Há muitos trovadores, mas os de maiores destaques são Don Duarte, Don Dinis, Paio Soares, João Garcia, Aures Nunes, entre outros.
                Mas o verdadeiro marco inicial do Trovadorismo, é a Cantiga de Ribeirinhas, criada por Paio Soares no ano de 1189.
                No trovadorismo galego português, as cantigas são divididas em Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantiga de Escárnio) e líricas (Cantigas de amor e cantigas de amigo).
                Na cantiga de Maldizer, os trovadores deixavam explícitos ou não o nome da mulher, expondo diretamente seus defeitos e utilizavam muitas vezes de agressões verbais e palavrões.
                Na cantiga de Escárnio as sátiras eram indiretas, não aparecia o nome da pessoa e utilizam o duplo sentido.
                Já na cantiga de amor o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. Essas cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico da época do feudalismo, onde o homem passa a ser o vassalo da amada e espera m benefício em troca do seu sacrifício de sofrer por amor.
                Na cantiga de Amigo, o eu lírico é uma mulher. E os amigos a quem se referem são os namorados. O tema principal é a lamentação pela falta deste. Por fim, podemos dizer que o trovadorismo se caracteriza como um estilo de época, durante o período do feudalismo.
- Amanda Lamim.


Influência Medieval 

      No início da história da Portugal, a língua portuguesa, assim como muitas outras, ainda estava em formação, partindo do latim que veio do Império Romano. Ao Norte, a língua evoluiu para o galego moderno e, ao Sul, para o português. O galego-português é o nome dado à essa língua intermediária. 
      Foi nessa região que o Trovadorismo, uma rica literatura, se desenvolveu e corresponde ao período de formação de Portugal como um reino independente. O mais significativo dessa época em Portugal, apesar das novelas de cavalaria, hagiogragias, obras de devoção, cronicões e nobiliários é, do ponto de vista literário, a produção poética. 
      As diferenças entre as poesias atuais e as medievais são bastante claras, começando pela própria língua utilizada. Hoje, a poesia é ligada à arte escrita e a leitura dela é feita, normalmente, em voz baixa e individualmente. Já na Idade Média, o texto poético era uma tradição oral e era cantado; era produzido para os ouvintes das festas e saraus das cortes e frequentadores de feiras e festas populares. Eram chamadas de cantigas e seus autores, de trovadores. 
      As músicas atuais têm muito em comum com as cantigas trovadorescas, tanto as cantigas de amigo como as de amor. Muitas delas retratam a saudade do "amigo" (termo trovadoresco que pode ser substituído por "namorado"), o ciúme, a preocupação pelo amado e o sofrimento amoroso de forma geral (que era chamado de coita), assim como esquemas de repetição e um refrão, todos elementos muito significativos das cantigas de amigo. 
      Também é comum, nas músicas de hoje em dia, a idealização da mulher amada, aonde a mesma possui uma beleza e um recato que a tornam inatingível e impossibilita a relação amorosa; a vassalagem amorosa, onde a mulher, idealizada, é a senhora e o homem se rebaixa à condição de vassalo. Essas referências vêm das cantigas trovadorescas de amor, deixando, assim, clara a influência do Trovadorismo nos dias atuais. 
 - Marina