segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Leitura do Carro de Feno
A riqueza acima de tudo.
Hieronymus Bosch criou uma bela obra chamada “O carro de feno”, onde mistura as cenas, os personagens e as situações da vida europeia, trazendo elementos semelhantes das obras de Gil Vicente.
Nessa obra podemos ver uma multidão, assaltando este carro de feno, no intuito de roubar o feno. Assim como diz na obra de Gil Vicente, todos querem o dinheiro e não uma consciência limpa. Outro fator que diz respeito a essa frase do fundador do teatro português são as freiras no canto inferior direito, aparentemente roubando algo, dando a entender que aquela vestimenta era apenas um disfarce para conseguir o que queria. Vimos também a presença da nobreza e do clero, talvez para mostrar a multidão, onde eles poderiam chegar e o que eles poderiam conquistar.
Na imagem também há um menino de uns quatro anos, ao lado de um homem, que parece estar lhe explicando o porquê de tudo aquilo, para já lhe ensinar o que ele tem que ter como seu ideal, que é o dinheiro.
Percebemos também o carro de feno sendo puxado por monstros, em direção ao inferno e as pessoas sendo atropeladas por este.
Nessa obra podemos ver bem a questão do humanismo que é a passagem do teocentrismo para o antropocentrismo, ou seja, onde os princípios religiosos e os costumes de uma vida digna estavam sendo deixado para traz, e no lugar dele estava entrando a ganância, a luxuria, onde o dinheiro era mais importante que a sua consciência e o seu caráter, além de não se importarem com as camadas pobres.
Há ainda muitos outros aspectos na obra, mas todos levam a uma mesma compreensão, que Todo Mundo procura a riqueza e Ninguém busca a virtude.
- Amanda Lamim
A verdade sobre tudo!
Hieronymus era um pintor flamengo, que fez a obra “O carro de feno”, em que há homens, mulheres, velhos, crianças, mercadores, monges, freiras, uma falsa religiosidade, na parte direita do quadro foi representado o inferno, há um casal de amantes, um carro de feno, bem no meio do quadro, simbolizando os bens materiais, figuras monstruosas estão puxando-o e a figura de Cristo, representando a vida espiritual.
Essa obra foi feita no período do Humanismo que seria a época de transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Por isso essa obra tem muitos elementos religiosos e humanísticos e também é bem ligada ao teatro vicentino, pois ambos criticam os costumes da época com muita eficiência, porém de modo simples, reúnem crenças religiosas, não há complexidade na interpretação, é satírica e cômica, representa fatos e personagens concretos e ideias abstratas.
Para concluir a obra “ O carro de feno” seria uma representação da realidade daquela época, pois mostra as classes sociais, pobres e ricos, a disputa por riquezas, bens materiais, um casal de amantes, etc., ou seja, representa o “digest” da época, assim como Gil Vicente também tentava representar, só que por meio de peças teatrais.
- Françoise
Associações
A obra “O carro de feno” de Hieronymus Bosch retrata a busca por dinheiro, poder e luxuria. Retrata também o Humanismo, que nada mais é que a transição do teocentrismo para o antropocentrismo.
O carro de feno na obra é guiado e puxado por seres monstruosos, que indicam o mundo capitalista – como se os seres fossem encarregados de leva-los até este mundo. O carro representa a riqueza e o povo aos seus pés representa a ganância, sede de poder.
O Humanismo é transição de um religioso para o burguês racional.
O teatro vicentino carrega em suas características a versificação mais comum de sua época, o redondilho maior que é composto por sete silabas; a rima para causar efeitos de humor; a figuração do abstrato em algo concreto; o teatro de tipos que pode ser uma característica ou uma união de todas as características mais marcantes; o teatro de quadros que é uma sucessão de cenas independentes, o enredo simples e esquemático; o teatro cômico: comédias de costumes e a classificação que é constituída pelos monólogos; autos; fantasias alegóricas; teatro novelesco e as farsas.
A associação mais clara que pode se fazer entre a obra e o teatro vicentino é a sátira, que na obra de Hieronymus se mostra através das colocações das pessoas e dos elementos que formam a obra a fim de demonstrar a ganância e a necessidade de obter dinheiro e poder.
- Amanda Rodrigues
Bem X Mal
O quadro “ O carro de feno” de Hieronymus Bosch faz uma crítica as pessoas que buscam a luxuria e que não ligam para quem está abaixo de si. Mostra também as pessoas que se fazem de religiosas para ganhar algo, pessoas que se fazem de religiosas para ganhar algo, pessoas normais que estão “felizes” com o que tem e pessoas que fazem de tudo para estar no topo. Essa obra do período humanista é como muitas das obras de Gil Vicente.
Gil Vicente é considerado o fundador do teatro português. Antes dele a dramaturgia medieval era feita apenas com mímicas. E com ele além de ter diálogos entre os personagens. Vicente fazia por meio de suas obras críticas informais sobre a sociedade da época dele (se pensarmos bem podemos notar certas semelhanças com os dias de hoje) por meio do humor e isso nos leva até as características do teatro vicentino.
Vicente utiliza a versificação (texto formado por versos, utilizando a métrica mais comum da época que é o redondilho maior); rimas (utilizada muitas vezes para provocar humor); teatro alegórico (figuração de ideias abstratas em personagens, situações e coisas concretas), teatro de tipos (caracteriza-se pelos personagens que reúnem as características marcantes de sua sociedade); teatro de quadros (As peças de Vicente desenvolvem-se por uma sucessão de cenas); teatro cômico e satírico (As peças de Vicente geral são humorísticas, pois é uma forma de criticar a sociedade sem ser grosso); Classificação (Vicente cultivou praticamente todos os subgêneros do teatro medieval); Monólogos (são as mais simples; autos(gênero tradicional da idade media); fantasias alegóricas (peças com predomínio da cenografia); teatro novelesco (encenam temas das novelas de cavalaria) e farsas (pequenas peças burlescas cuja ação se organiza em um enredo simples.
Uma das obras de Gil Vicente que pode descrever o seu estilo de arte é: “Todo mundo e Ninguém”.
Nessa obra ele usa como nome próprio o Todo Mundo, para caracterizar as pessoas que passam todo o tempo atrás de dinheiro e Ninguém é aquela pessoa que tem consciência. Vicente usa o Belzebu que “traduz” o sentido que Vicente que dar a peça.
Em fim acho muito interessante as obras daquela época, pois tanto como o teatro e aos quadros eles faziam a relação das pessoas pobres e as pessoas ricas e ainda faziam críticas, mais tudo indiretamente e com humor.
- Eduarda
Hieronymus Bosch e Gil Vicente
Bosch foi um pintor flamengo que viveu durante o período de transição entre a Era Medieval e o Humanismo, onde valores tradicionais e modernos se chocavam e é isso que sua obra, "O carro de feno", reflete: no centro, um casal, junto com um anjo e com um demônio, em cima do carro de feno, puxado por criaturas animalescas em direção ao painel da direita, representando o inferno e, distante, a figura de Cristo representando a salvação. A multidão ao redor do carro tenta alcançar o topo ou pegar um pouco do feno e algumas pessoas são atropeladas a medida que o mesmo avança. Nobres, em seus cavalos, seguem tranquilamente o carro de feno e pessoas brigam no chão sobre o qual o carro passa.
A obra representa o consumismo e para onde ele nos leva. O carro de feno é o símbolo do dinheiro e luxúria, que atropela todo o resto e é seguido por uma pequena e nobre parcela da população. O quadro possui tanto uma visão teocêntrica quanto mais racional do mundo devido ao fato de ter sido feita na época de transição entre as duas.
Um dos poetas da Era Medieval que devem ser destacados é Gil Vicente, considerado o fundador do teatro português. Seu teatro era popular e simples, mas eficiente; uma mistura de crença religiosa e moral. Vicente criticava os costumes e retratava a sociedade contemporânea de uma forma cômica e dramática. Uma característica do teatro vicentino que deve ser lembrada é o teatro alegórico, onde coisas concretas são utilizadas para retratar algo abstrato.
Bosch e Vicente tem muito em comum, começando pela crítica aos costumes e pelo teatro alegórico: na obra "O carro de feno", Hieronymus Bosch usa de vários objetos concretos para representar o abstrato, como o próprio carro de feno representando riqueza e o painel do lado direito da obra, representando o inferno. Um exemplo claro do teatro alegórico de Gil Vicente são as barcas do "Auto da barca do inferno", sendo uma delas conduzida por um anjo e a outra, pelo diabo, que representam respectivamente o céu e o inferno, assim como as roupas e objetos usados pelo fidalgo, personagem da obra, para representar sua riqueza.
A retratação da sociedade contemporânea pode ser percebida no quadro de Bosch através dos valores passados pelos objetos e pessoas presentes na obra: o casal, no topo do carro de feno; o anjo e o demônio, lado a lado com o casal; as criaturas monstruosas conduzindo o carro; a população, desesperada por um pouquinho de feno e muitos outros. Na obra de Vicente já citada anteriormente, essa retratação é notada pela forma com que o anjo não aceita o fidalgo em sua barca pois para ele e toda a sua glória, ali não há espaço o suficiente.
Tanto Vicente quanto Bosch influenciaram e foram importantes para o teatro, a poesia e a arte de forma geral até chegar nos dias atuais.
- Marina
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Parabéns! Eu achei muito bom e completo!
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